Patrão do Piquete Tropeiros de Guaíba, Patrick Oliveira, nasceu no estado de São Paulo, mas carrega o DNA do gaúcho
Há muito que a expressão ‘gaúcho’ não se refere apenas àqueles que nascem em terras do Rio Grande do Sul, o termo ultrapassou sua função de gentílico para designar os que abraçam a cultura e perpetuam suas tradições. E é essa identificação que mantém o tradicionalismo vivo e pulsante nos quatro cantos do mundo.
Um destes gaúchos de coração é uma das figuras que dão vida ao Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, o paulista Patrick Ernesto de Carvalho Oliveira, de 48 anos. Na certidão de nascimento consta que o patrão do Piquete Tropeiros de Guaíba nasceu na cidade de Martinópolis (no oeste de São Paulo), mas tem na sua vivência, sentimentos e ações o DNA do gaúcho.
A história de apego pelo estado, que começou há 18 anos, se confunde com o amor por sua esposa Carina. Foi ela que o apresentou às tradições de que hoje tanto se orgulha. “Numa dessas andanças vim trabalhar em Porto Alegre e conheci minha mulher. Um dia ela falou que ia me levar em um lugar diferente que eu ia gostar e me trouxe para o Acampamento Farroupilha”, relembra da sua primeira visita ao Parque Harmonia.
Em pouco tempo fez amizades com pessoas que frequentavam os piquetes e logo foi convidado para participar das forças de montagem e desmontagem das estruturas. “Passava semanas aqui, ajudando o pessoal e aprendendo com os causos que eles contavam. Daí fui me encantando com tudo que via e ouvia no Acampamento. Assim me envolvi com as tradições e pegando gosto. Hoje me emociono em poder dizer que, também, sou gaúcho”.
Morador de Guaíba, Patrick já absorveu a cultura local: o corintiano também passou a torcer pelo Grêmio e é apreciador das músicas dos cantores Luiz Marenco e José Claudio Machado. A paixão pelo Rio Grande do Sul é tanta, que fundou o Piquete Tropeiros de Guaíba com o envolvimento de família e amigos: “Foi uma decisão que abraçamos em conjunto para demonstrar o amor por esta terra”.
Para ele, e muitos que participam do Acampamento Farroupilha neste ano, o significado da força do gaúcho ficou em evidência depois que muitos foram atingidos pelas enchentes e perderam suas casas e pertences. Até mesmo o Parque Harmonia teve grande parte das estruturas danificadas. Com Patrick não foi diferente: “Não está sendo nada fácil, mas é tempo de nos reerguermos. Somos todos irmãos e a ajuda vem de todos os lados”.
Mais do que ser celeiro das tradições com o preparo de comidas típicas e shows, o piquete também tem um forte engajamento social. “Nosso foco é na caridade. Muita gente que passa pelo Parque às vezes não tem condições de pagar por uma refeição, o pessoal vem e fica olhando, por isso cuidamos em oferecer um prato de churrasco ou carreteiro àqueles que necessitam. Estamos de porteiras abertas”.
Segundo Patrick, a gurizada tem uma atenção especial na programação de atividades. Na última edição do Acampamento Farroupilha, foram atendidas mais de 150 crianças provenientes de escolas e projetos sociais com alimentação durante as visitas ao espaço, inclusive as realizadas pela Ciranda Escolar. “Agora queremos ampliar para 300 crianças”, projeta o patrão.
PATROCÍNIO E APOIO
O Acampamento Farroupilha 2024 é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, e Pró-Cultura LIC RS. Patrocínio de Bradesco, CEEE Distribuição - Grupo Equatorial Energia, Pepsi Black, Polar e Sulgás. Adicionalmente, Tintas Renner, Droga Raia e Cachaça 51, que também conta com o apoio da Cigame, Trilegal, Ishop, UniRitter e SETCERGS. A realização é da Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SMCEC), em parceria com a GAM3 Parks, e Governo Federal – União e Reconstrução.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
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